Centrais sindicais fazem ato contra novas regras do seguro-desemprego
Seis centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, se uniram e fizeram um protesto no Centro de São Paulo contra as mudanças no seguro-desemprego, que passaram a valer nesta segunda-feira (2). Os sindicatos pedem a revogação das medidas provisórias MPs 664 e 665, que alteram as regras do benefício, abono salarial, seguro defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão. A Rua Martins Fontes foi bloqueada perto das Avenidas da Consolação e São Luiz por volta das 10h20 e o trânsito liberado às 11h50, quando o ato terminou.
O protesto começou em frente ao prédio da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e reuniu cerca 600 sindicalistas, segundo os organizadores. De acordo com a PM, 300 pessoas participaram da manifestação. Depois, representantes das centrais entraram no prédio para reunião. Eles entregaram uma série de propostas contrárias as MPs para Luiz Antonio Medeiros, superintendente regional do Ministério do Trabalho.
"Essa medida vai impedir a maioria dos trabalhadores de conseguir o seguro-desemprego ", disse Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "A gente quer que ela [Dilma] governe com o programa que a elegeu, para o trabalhador que a elegeu. Joga mal, fazendo gol contra, a gente xinga", completou.
"Essas medidas provisórias precisam ser revogadas e vamos lutar por isso. São 8 milhões de trabalhadores prejudicados", disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical. "As propostas deles serão encaminhadas agora ao Ministério do Trabalho para avaliação", disse Medeiros. PM e CET acompanharam o ato à distância, que transcorreu de forma pacífica.
Novas regras:
Os trabalhadores que pedirem o seguro-desemprego já estarão enquadrados nas novas regras, que começaram a valer no último sábado (28). "A vigência da Medida Provisória [que estabelece as novas regras] começará 60 dias a partir da data da publicação. Sendo assim, as novas regras incidirão nos trabalhadores demitidos a partir do dia 28 de fevereiro de 2015", diz o Ministério do Trabalho.
Confira o que muda com as novas regras:
Fonte:G1.com.br