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Ação aproveita mídia da Copa pra chamar atenção para o trabalho infantil

Um mosaico humano com 1.500 pessoas, 500 delas crianças, foi formado na Praia de Botafogo, em uma campanha contra o trabalho infantil que quer aproveitar a repercussão midiática da Copa do Mundo para divulgar ainda mais esse problema.

 

Os participantes, vestindo camisas laranja, vermelha, azul, verde e amarelo, formaram um cata-vento, símbolo da campanha da ONU contra o trabalho infantil, que pôde ser registrado por fotógrafos a partir de um helicóptero e de prédios ao redor. O resultado será divulgado internacionalmente na noite de hoje.

 

"A sociedade precisa da imprensa para dar visibilidade a esta situação já que muitas pessoas não a consideram como uma forma de violência contra as crianças", disse à Agência Efe Angélica Goulart, secretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente.

 

A ação teve o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro (SMDS).

 

"As pessoas têm que quebrar alguns paradigmas, pois temos uma naturalização do trabalho doméstico (das crianças), e colocar fim a isso não é fácil, por isso, estamos buscando intensamente a mobilização das pessoas", explicou à Agência EFE Maria Domingues, coordenadora de projetos especializados da Subsecretária de Proteção Social Básica da SMDS.

 

O trabalho mais frequente das crianças no Brasil está no âmbito doméstico, no campo e na exploração sexual.

 

"Aqui, no Brasil, o trabalho infantil é muito comum e queremos que isso acabe. Eventos como esse são muito importantes porque o país precisa de mais iniciativas deste tipo. A sociedade tem alguma consciência disso, mas acho que poderia ter mais", disse Lucas, de 19 anos, que participou do mosaico.

 

Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o mundo tem hoje cerca de 168 milhões de menores com idades entre cinco e 17 anos que trabalham em condições de exploração e mais da metade vive uma situação precária. O Brasil tem, atualmente, 3,5 milhões de crianças em situação de exploração infantil.

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"Nos anos 90, experimentamos uma redução muito grande do trabalho precoce, mas, a partir de 2000, isso mudou. Temos que melhorar para chegar à meta internacional de erradicação do trabalho infantil em 2020", disse Rafael Dias Marques, procurador de Trabalho do Ministério Público.

 

"Estamos na vanguarda nesta luta por nosso modo de abordar o problema já que unimos esforços da sociedade civil organizada, o Estado, entidades sindicais e o sistema de Justiça", afirmou o procurador.

 

Já para a coordenadora do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC), Maria Claudia Falcão, não há uma solução única para erradicar o trabalho infantil.

 

"É necessário articular uma série de áreas como as de trabalho, educação, assistência social e direitos humanos", afirmou ela, que lembra que em outubro do ano passado, Brasília recebeu a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil por ser considerada, em sua opinião, um modelo para outros países na área.

 

O evento de hoje marca o lançamento da campanha global "Cartão Vermelho contra o Trabalho Infantil", uma iniciativa da OIT e no qual participam cerca de 150 voluntários vindos de diferentes organizações sociais.

Fonte:Terra

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