Governo e setor elétrico conversam sobre ampliação da cogeração de energia
Segundo o representante da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, a reunião definiu a realização de estudos para decidir em que regiões do país seria bem-vinda a cogeração. Duarte disse que o governo é "simpático à cogeração, desde que ela seja bem utilizada".
No sistema de geração distribuída, a produção de energia é em menor escala, feita a partir do próprio consumidor e perto dele, seja uma indústria ou um prédio comercial, por meio de fontes de energia primária (gás natural, biomassa ou energia solar). O sistema aproveita, inclusive, o calor produzido na queima de tais fontes de energia, o que é chamado de cogeração.
"Entendemos que o fomento da cogeração é extremamente positivo para o país, [possibilitando] um setor elétrico mais robusto, menos custoso e mais estável. Quando eu ponho a geração perto da carga, evito linhas de transmissão, gerações distantes, com perdas maiores, e minimizo os custos de subtransmissão e distribuição", ressaltou Duarte.
Ele destacou que as tratativas com o governo ainda estão no início – "aos 3 minutos do primeiro tempo" – mas se mostrou otimista com o aumento das contratações de geração distribuída no país, que anda aquém do possível. "A lei prevê que as distribuidoras de energia podem contratar 10% da sua carga em geração distribuída. Em 2012, havia um ambiente de contratação regular de 44 mil megawatts (MW) de energia. Assim, poderiam ser contratados 4,4 mil megawatts como geração distribuída e só 98 MW foram contratados, em cerca de uma dezena de projetos."