Calçadas esburacadas dificultam acesso de pedestres
Quem transita pelas ruas de São Luís, diariamente tem que lidar com calçadas esburacadas e quebradas, uma situação que se repete em vários pontos da cidade. Os pedestres são privados do direito de ir e vir, pois cada vez mais está difícil caminhar pelo passeio público. A reportagem esteve em alguns locais, onde as calçadas são precárias, e confirmou o estado de má conservação e as dificuldades encontradas pelos pedestres para caminhar pelas ruas da capital.
Ao percorrer a Avenida Jerônimo de Albuquerque na Cohab, calçadas cobertos por capim, trechos esburacados e pedestres dividindo o pouco espaço com vendedores ambulantes, é o cenário visto no espaço público. As pessoas têm que andar praticamente na pista e disputar a passagem com os carros. “São buracos e degraus entre os limites das propriedades, além de remendos mal executados que apresentarem obstáculos de todo o tipo, como bancas de revistas, postes e árvores em locais impróprios”, afirmou o empresário, Jorge Carlos.
No bairro do Anil, na Avenida Casemiro Júnior, a irregularidade encontrada e mais comum, de acordo com os pedestres, foi o estacionamento dos veículos em cima das calçadas, principalmente em frente aos estabelecimentos comerciais. A situação acaba deixando os pedestres sem espaço para se locomoverem.
Ao longo da Avenida São Marçal, no João Paulo, as calçadas estão repleta de buracos e pedras soltas. Lugar de grande movimentação, por conta das lojas, da feira e escolas, as calçadas ainda são ocupadas por móveis, eletrodomésticos, entre outros produtos que ficam expostos à venda, dificultando a circulação das pessoas. Em um trecho próximo a feira, todas as calçadas foram invadidas pelas bancas de vendedores informais.
Em algumas vias, não há calçamento e as pessoas se veem obrigadas a andarem no asfalto ou desviarem constantemente, devido ao lixo ou raiz de árvore que provocou a rachadura no local. A dona de casa, Helena Maria, afirmou que é um perigo transitar naquela região, pois tem que caminhar e se desviar dos veículos para evitar acidentes. Ela relata ainda a sujeira, acumulada em alguns pontos da avenida, colocada pelos próprios comerciantes.
Os problemas das calçadas irregulares, com obstáculos, sem acessibilidade para cadeirantes, com veículos estacionados, postes atrapalhando a locomoção das pessoas acontece também no centro da cidade. O vendedor ambulante, Ailton Costa que trabalha nas ruas do centro há mais de sete anos afirmou que foi testemunha de muitas pessoas deixarem as sandálias pelo caminho, tropeçarem e até cair, andando pelas calçadas da cidade. “As condições das calçadas são péssimas. O correto seria que todas as calçadas fossem niveladas, para que todos pudessem transitar sem correr risco de cair e se machucar”, disse o vendedor.
Ele que passa o dia empurrando um carro de mão, sente na pele as dificuldades não ter locais adequados para os pedestres se deslocarem livremente.
Idosos e adultos com crianças encontram limitações ao andar pela cidade, a aposentada, Fátima Arraes, 70 anos contou que evita ir ao centro, principalmente nas Ruas Grande e do Sol. Na Rua Grande além das calçadas que são cheias de relevos ainda há ambulantes tomando conta do espaço. Na Rua do Sol as calçadas são estreitas, e tem postes atrapalhando a caminhada. “Não anda mais com tanta facilidade, daí ainda encontro todos estes problemas no caminho. Fica difícil, por isso prefiro sempre sair acompanhada”, destacou a senhora.
Fonte:Imparcial.com