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Onda de ataques muda rotina em São Luis

O fim de semana na capital foi marcado pela violência e após os ataques aos ônibus a população vive em clima de insegurança. Uma volta pelo centro da cidade e pode-se constatar a baixa movimentação, na Praça Deodoro, onde costuma-se circular milhares de pessoas diariamente. O local estava praticamente vazio.

A Rua Grande é um dos centros comerciais populares de maior movimentação em São Luís, mas poucas pessoas transitavam. Nas lojas não havia clientes e os funcionários estavam de braços cruzados no interior dos estabelecimentos. De acordo com o proprietário da Loja Camellus Calçados, Fábio Ribeiro, a situação é preocupante, pois a cidade está um verdadeiro caos e isso afeta toda a comunidade. “A população sofre com esses ataques, já que as pessoas estão com medo de sair de casa, com a incerteza de que a qualquer momento os coletivos parem e eles fiquem pelo meio do caminho ou que possam ser vítimas de algum ataque”, falou.

Fábio afirmou que o movimento caiu bastante, pois as pessoas não estão indo as compras, além dos incêndios aos ônibus surgiram muitos boatos de que iam invadir a rua grande e os shoppings da cidade. Com isso todo o faturamento fica comprometido, pois os vendedores não conseguem atender as metas estipuladas para o fim do mês.

“A cidade vive um momento delicado, temos que pedir a Deus que nos proteja e aos nossos governantes que tomem as medidas necessárias o mais rápido possível, é inadmissível o crime organizado tomar conta dos órgãos responsável pela nossa segurança”, desabafou o proprietário.

Um vendedor que não quis se identificar, disse que optou pelo transporte alternativo para chegar ao serviço, porque está com medo de andar de ônibus e confessa que se pudesse nem trabalharia com essa insegurança toda em que a cidade vive. Ele afirmou que a violência acaba prejudicando as vendas e trazendo prejuízos a todos os que vivem do comércio.

A aposentada Helena Mendes falou que saiu de casa, apenas porque iria resolver alguns problemas pessoais inadiáveis, porém com muito medo, pois depende do transporte coletivo. Alunos da rede estadual foram liberados mais cedo, por conta dos boatos de que os ônibus iriam parar a qualquer momento, as paradas estavam vazias, os coletivos estavam transportando poucas pessoas, o cenário da cidade era atípico para um começo de semana.

Segundo o músico, Sidney Frazão, morador do Cohatrac não há como não mudar a rotina da cidade depois dos ataques que ocorreram na cidade, as pessoas estão sobressaltadas, inseguras, só saem quando é de extrema necessidade, pois não querem se arriscar a perder a vida.

“Eu só estou aqui porque tive que vim no banco, resolver um problema na boca do caixa, se não fosse não viria, é um risco que estou correndo, pois vim de ônibus e também voltarei de ônibus. E penso eu que todos que estão aqui são porque vieram fazer algo que só poderia resolver hoje. O que estamos vivendo é uma falta de vergonha, um desrespeito com o ser humano”, reclamou o músico.

Fonte:Imparcial.com

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