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Falta de água em São Luís pode chegar a níveis críticos em 10 anos

 

A falta de água em São Luís pode chegar a nível ainda mais crítico nos próximos 10 anos se nada for feito para solucionar o problema de abastecimento que atinge hoje diversos bairros da capital. As fontes de água que existem na cidade já não são mais suficientes para atender a demanda populacional e, aliado a essa situação, o desperdício contribui ainda mais para o desabastecimento.

 

Moradores de bairros como Liberdade, Monte Castelo, Camboa e adjacências sofrem há vários anos com o problema de abastecimento de água em suas casas. Em vários desses locais, o bombeamento é feito em dias alternados e, naqueles dias em que o líquido não chega às casas, as pessoas precisam buscar alternativas para consegui-lo. Além disso, os moradores dessas localidades precisam torcer para que não falte água no dia de abastecimento, caso contrário eles passarão até três dias sem água.

 

Causa – Os problemas no abastecimento de água na capital maranhense originaram-se em meados da década de 1960, quando as fontes hídricas que atendiam a demanda foram secando. São Luís, até essa época, tinha sete mananciais que funcionavam como reservatórios de água, mas foram desaparecendo gradativamente: o Zé Cearense; o São Raimundo, que se localizava no conjunto que hoje leva o mesmo nome; o Jaguarema, que ficava no Araçagi; o Veloso, que era localizado no Santo Antônio, mas foi aterrado; o Paciência, que deixou de ser um manancial de superfície e passou a ser subterrâneo, estando hoje em fase de extinção; o Batatã e o Sacavém, que, apesar de ainda estarem operando, já perderam muito de sua capacidade hídrica.

 

"O comprometimento de nossos reservatórios de água foi drástico a partir dos anos 1960 por causa da urbanização, o crescimento dos bairros, a ocupação irregular e o aumento da demanda. Eles antes garantiam o abastecimento sem precisar buscar água fora da Ilha. Hoje, as reservas hídricas não são mais suficientes para atender a população", disse Lúcio Macedo, doutor em Saneamento Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP).

 

Ele afirmou também que hoje nem mesmo a substituição das adutoras do Sistema Italuís e a perfuração de poços farão com que desapareça o problema do abastecimento de água na cidade.

 

Crise – Lúcio Macedo afirmou ainda que nos próximos anos a capital maranhense pode viver uma crise no abastecimento sem precedentes, caso não seja tomada alguma providência para mudar essa realidade imediatamente. "O prognóstico diante desse quadro é sombrio. Se não for feita a manutenção do Reservatório do Batatã e um sistema complementar de captação no Itapecuru ou Munim, poderá haver mais problemas", destacou Macedo.

 

A reestruturação da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) e a busca por outras fontes de água seriam necessárias para diminuir os transtornos causados pela precariedade no abastecimento da cidade, segundo ele.

 

Além disso, Lúcio Macedo chamou a atenção para a necessidade da adoção de medidas educativas pela população e pelo poder público que evitem o desperdício e a perda de água. "A Caema perde hoje aproximadamente 50% da água por causa de problemas nas tubulações, nos poços e também com as ligações clandestinas", completou o especialista.

 

Desperdício – Em tempo de crise hídrica, o desperdício de água é um problema comum de se observar em São Luís. Em muitos locais, as pessoas não utilizam devidamente o líquido e, em um futuro próximo, a água desperdiçada pode fazer falta.

 

É comum observar lava a jato na capital maranhense, nos quais os funcionários utilizam mais água do que o necessário para lavar um veículo. Muitas pessoas desperdiçam o líquido quando lavam seus carros ou motocicletas por conta própria.

 

Fonte:Imirante.com

 

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