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13 de Maio. Trabalho escravo ainda é uma realidade 127 anos após a abolição

 

Depois de toda a história da escravidão no Brasil e sua abolição em 13 de maio de 1888 pela Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, é difícil imaginar que ainda exista esse tipo de prática. Mas a realidade é que ainda existe, porém de maneira “disfarçada”. Claro que a quantidade não se compara à escravidão do século XVI ao XVIII, mas não é uma situação aceitável, principalmente em pleno século XXI.

Hoje a maneira de adquirir mão-de-obra escrava, é através do “gato”, um método onde o patrão faz falsas promessas de salário e do modo de vida que os trabalhadores terão. Chegam de maneira agradável para parecer de confiança, mas no fundo colocam os empregados em difíceis situações sem a possibilidade de se desvincular.
Normalmente pegam pessoas de regiões distantes do local em que irão trabalhar, e para “conquistarem”, oferecem adiantamentos e transporte gratuito. Porém, ao chegar lá  se deparam com  algo totalmente diferente do esperado,  o patrão já informa que o empregado possui dívidas, pelo dinheiro adiantado, pelo transporte, alimentação, alojamento, e até pelos instrumentos de trabalho que serão necessários. E sem contar que os preços são muito acima do comum.
Aos que tentam ir embora, não há como, pois os patrões alegam que o trabalhador possui dívidas, e que não pode ir embora até pagá-las, porém quanto mais ficar lá, mais terá que pagar. Ou seja, vivem somente para isso. Sofrem muitas ameaças, e se tentam fugir,  podem ser vítimas de surras e humilhações. E não existem maneiras de pedir ajuda, pois normalmente as propriedades são distantes da cidade e de outro local povoado.
 
Como os Trabalhadores Vivem
 
Muitos fazendeiros para escapar da fiscalização, criam locais apropriados para alojamento, mas não deixam os trabalhadores utilizarem, logo precisam arrumar um local para ficar., seja no meio do mato, ou junto com os animais. Ficam muito vulneráveis a adquirir vários tipos de doenças, e  quando adoecem, tornam-se um peso para os patrões, que não tomam nenhuma providência, pois o que não falta é mão-de-obra disponível, assim muitos acabam falecendo pela falta de medicamentos e tratamentos.
 
A alimentação é descontada da “remuneração”, ou seja, a maneira mais fácil de se escravizar: “Quer comer? Então trabalha e pague sua 'dívida'!”, e normalmente quando fornecida, a comida é apenas arroz e feijão. Os trabalhadores não recebem direitos básicos como férias, adicional noturno e seguro desemprego. A água é suja, e os trabalhadores necessitam bebê-la, tomar banho e lavar as roupas. As jornadas de trabalho são em excesso, sem direito a folgas. Se tornam prisioneiros, sem contar, que em meio a tudo isso, há também a exploração do trabalho infantil.   
 
 
Fonte: http://trabalho-escravo.info
 

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