Inflação fica em 7,64% de janeiro a setembro, a maior desde 2003
A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 0,22% em agosto para 0,54% em setembro, segundo informou nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumulado está em 7,64%, o mais elevado para o período desde 2003, quando atingiu 8,05%. Em 12 meses, avanço é de 9,49%
O que mais pesou no bolso do consumidor brasileiro foi o aumento de quase 13% no preço do botijão de gás. O impacto poderia ter sido ainda maior se as distribuidoras tivessem aplicado o percentual máximo permitido pela Petrobras, de 15%. De janeiro a setembro, a alta do produto é de 17,56%.
Influenciado pelo aumento do gás, os preços relativos a habitação registraram a taxa mais alta entre os grupos analisados pelo IBGE, de 1,30%, após chegar a 0,29% em agosto. O custo de água e esgosto também influenciou o resultado, com avanço de 1,48%.
Além do gás de cozinha ter puxado o avanço geral de preços, as tarifas de ônibus (2,59%) e as passagens aéreas (23,13%) também pesaram sobre o IPCA, levando o grupo de transportes a subir 0,71%, depois de ter recuado 0,27% em agosto.
Os alimentos também voltaram a subir em setembro, depois de terem recuado no mês anterior, chegando a uma alta de 0,24%. O que ficou mais caro foram os alimentos consumidos fora de casa (0,77%). Os consumidos em casa ficaram quase iguais de um mês para o outro.
A variação dos preços do grupo de gastos relacionados a vestuário avançou de agosto para setembro, passando de 0,20% para 0,50%, puxada pelo aumento dos calçados. Já a alta dos preços de saúde e cuidados pessoais perdeu força, de 0,62% para 0,55%, com destaque para o item plano de saúde.
Fonte: G1-Ma